domingo, 24 de janeiro de 2010

Que país é esse?

Então gente, acho que na afobação esqueci de me apresentar, até porque eu não acho que isso seja importante, mas enfim meu nome é Michele e isso é tudo que vocês precisam saber.

Agora voltando ao que importa, o post.
Eu estava conversando com o @arthurloki (blogueiro do WWW.skinnylion.blogspot.com), e ele me abriu os olhos pra muitas coisas e a primeira delas é: que país é esse?
Vivemos nesse país que tem praias maravilhosas e em contrapartida tem as favelas que nos assombram. Nos gabamos de ser o país do futebol, do nosso esplêndido carnaval, de conseguirmos conquistar as Olimpíadas, mas e a população? Vamos melhorar os estádios mas as favelas, o sistema de saúde e a educação alguém presta atenção?
Pior ainda, pagamos tantos impostos para sermos obrigados a nos tratar em hospitais particulares e estudar em escolas particulares se quisermos algo descente, a população menos favorecida usufrui dos péssimos resultados dos impostos que nós pagamos porque é que podem usar, então pagamos impostos pra que? Pra encher os bolsos dos políticos corruptos? A não, cansei de ser TROUXA!
Afinal QUE PAÍS É ESSE? Será que não está na hora de começarmos a mudar?


“O que eu faço, é uma gota no meio de um oceano. Mas sem ela, o oceano será menor.”
Madre Teresa de Calcutá

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Sempre

Primeiro de tudo, eu queria me apresentar (: Meu nome é Marina (mah_wa, no caso) e eu vim colaborar com a Miih aqui no blog. Enfim, vamos ao post!

Ter amigos pra mim sempre foi uma coisa natural. Não que eu seja a senhorita sociavel, que meu orkut tenha milhoes de visitas por dia ou que saia de casa o tempo todo. Eu simplesmente sempre tive alguém em quem confiar, seja amigos de longa data (oi Té, Ana, Bia, Luh), amigos recentes (Miih, Marra, Mari, Deeka, Mariah, Lais, Lu M.), ou amigos que sempre estiveram por perto, mas eu nunca tinha parado para conversar...
O ponto é: nunca SENTI FALTA de ter alguém por perto, tudo era sempre incluido na rotina.
Bom, chegaram as férias, finalmente! Depois de um ano letivo formado por muuuuuuitos altos (Canadá, dança das olimpíadas etc) e muuitos baixos (notas baixas, brigas, mentiras), eu finalmente tive a chance de descançar. Eu sou a pessoa mais caseira que eu conheço: adoro ficar em casa assistindo qualquer programa futil, falar com o meu cachorro mesmo ele nao me entendendo, postar qualquer irrelevancia no twitter e cantar no karaokê, então nas férias eu nao costumo sair muito.
Meu tio alugou uma casa em Interlagos(condomínio em Lauro de Freitas, cidade próxima a Salvador) e minha família inteira foi convidada para passar um mês na dita cuja. Fiquei super animada, óbvio! Adoro meus primos/as, mesmo sendo todos mais novos do que eu, então seria entretenimento garantido, uhsuha. Uma semana antes da viagem, fiquei super empolgada, planejando mil coisas, imaginando como seria, se eu ia conhecer gente nova, se eu nao ia, se a casa era bonita...
Os primeiros 12 dias foram um sonho: jogavamos tranca de cinco em cinco minutos, alugamos um barco por um dia e fomos até varias ilhas, ouvimos Bad Romance 1782734923849871283949723 vezes seguidas, a piscina era ótima, nossa vizinha era a Claudia Leitte... tudo muito lindo. Porém, DEPOIS dos primeiros 12 dias, meu mundo DESABOU. Minhas primas ainda estavam super animadas e tal, mas eu nao aguentava mais aquele lugar. Queria ver os prédios enormes de São Paulo, ver o meu cachorro, ficar horas na internet e PRINCIPALMENTE, ver meus amigos. Nunca pensei que sentiria tanta falta deles como nessa viagem. Lia algumas conversas do msn salvas no meu itouch e chorava de rir, via fotos e lembrava das viagens, das idas ao shopping, das vezes em que dormiamos na casa da avó da Stephanie e acordavamos as 16h... tudo me trouxe uma enxurrada de saudade.

Por isso eu vim aqui fazer essa humilde, mas sincera homenagem a todos voces, que sao meus amigos. Nunca pensei que ia me importar tanto com alguem da forma que eu me importo com voces. Eu estou quase ANSIOSA para o inicio das aulas só para reencontrar todo mundo. E olha que escola não é a minha praia ;)

Em questão de segundos

É incrível como a vida nos prega peças, como as coisas mudam em questão de segundos. E foi isso que aconteceu, já há alguns anos, quando ainda era adolescente e sentia meus hormônios borbulhando, aliás, não se trata dos meus hormônios, e sim dos dele...
Éramos todos amigos, saíamos juntos, aos dezesseis anos não nos desgrudávamos. Jacqueline é e sempre será minha melhor amiga, era linda, cobiçada, mas de valores muito centrados. Felipe, sempre tão especial, tão carinhoso, o cara que todas as garotas sonham em ter, infelizmente ele não tinha olhos pra ninguém, era o que parecia, pelo menos. E Victor, ele era o outro, um amor, mas bem mais prático, pegador mesmo, mas ainda sim era um doce.
Fizemos o ensino médio juntos, nos conhecíamos melhor que ninguém, pelo menos eu achava isso. Costumávamos estar sempre juntos, toda semana uma balada, sim éramos populares. Jacque, a cobiçada, atraía muitos garotos, Felipe e Victor logo eram rodeados de meninas alucinadas e sim, eles ficavam com elas mesmo, e eu e minha melhor amiga imaginávamos que eles as tratavam como nos tratavam. De fato, Victor era o mesmo, SEMPRE! Já sobre Felipe, todas diziam que era só mais um “pegador”, nós, principalmente Jacque, não acreditávamos, afinal, o conhecíamos tão bem...
Foi tudo muito rápido, me apaixonei pelo Fe, o que fazer? Ele não tinha olhos pra ninguém, e ainda sim, o considerava o príncipe encantado, o mais perfeito, inofensivo a qualquer mulher.
Como já disse antes, íamos muito à baladas, sempre voltávamos juntos e nos separávamos na avenida próxima a nossas casas. Até aquela noite em que Jacqueline sumiu, todos foram para casa, e ela não conseguiu chegar.
Foi o inferno na terra, paramos com tudo, sair, nos divertir sem ela? JAMAIS. Consolávamos uns aos outros, passando todo tempo juntos, exceto por Felipe, que vivia sumindo.
Uma semana depois ela apareceu na porta de casa, sua expressão alegre sumira, era depressiva, aterrorizada. Sim, foi isso mesmo que aconteceu, você que ouve a minha história vai entender, se realmente souber o que é medo.
De imediato fomos à delegacia, os exames constataram, sim ela foi estuprada. Tiveram que interrogá-la, tadinha, já sofrera tanto...
Uma única pergunta e já vi o terror assumir seu olhar novamente, gaguejava, não dizia nada com nada, Felipe se aproximou para tranquilizá-la, ah, como era doce essa minha paixão. Ele a abraçou e colocou-a em seu colo, ela estava tensa, totalmente insegura, até que percebi, ele a acariciava de modo obsceno e ela tentava falar incomodada, amedrontada e sem reação. Jacqueline foi explicando o acontecido, fora sequestrada e estuprada durante uma semana... não pediram resgate, como assim? Até que em sua narração esclareceu, não queriam dinheiro e sim seu corpo, um desejo sexual selvagem, ó medo, era alguém próximo, mas quem faria isso? Quem seria o louco? Era a pergunta que não me saía da cabeça... Até que uma risada estrondosa invadiu a sala e Felipe gritou:
- Fui eu!
E ele a agarrou num beijo selvagem e sensual e ela por sua vez correspondia da mesma maneira.
Eu nunca entendi esse acontecimento em minha vida, ou melhora, nunca entendi sequer, o que é o amor.